sexta-feira, 16 de abril de 2010

Analise vampirica

Devido a uma gama imensa de protestos contra minha repugnância a Crepúsculo & CIA, criei uma lista comparativa do mito vampiro de cinco escritores: Bram Stoker, Anne Rice, Marcelo Del Debbio, Dooll Silverd e claro, Stephenie Meyer.


Sol:

Stoker: Criador do personagem Drácula, Stoker deixa claro que o que transformou o Conde Vlad Tepes em vampiro, foi nada mais nada menos do que a ira de Deus. Ele não sofreu nenhum processo de “abraço”, muito menos recebeu o “dom das trevas” de ninguém. Sendo assim, ele não pertence a nenhum clã vampirico. Drácula saía no sol. Esse personagem, por sua história, tem alguns privilégios, mas também sofre de diversas outras fraquezas a mais.

Rice: Mãe das Crônicas Vampirescas, Anne permitiu o mesmo para seu personagem principal. Lestat esteve com Mennoch (ou demônio, capeta, satanás para alguns), bebeu o sangue de JC (Jesus Cristo), e da Rainha dos Condenados: Akasha. Ele pode sair ao sol também, porém apenas ele. Outros vampiros que foram expostos ao sol morreram (definitivamente!), como Claudia, Madeleine, Armand (spoiler!) e até mesmo o próprio Louis quase partiu dessa pra pior também.

Debbio: Este jovem escritor criou um universo vampirico respeitando o mito acima de tudo. Seus vampiros NÃO saem ao sol. Do contrário: PUF!

Dooll: Esse sou eu! Não vou falar de mim, hehehe! No meu universo, o que mata o vampiro nem é o sol, mas sim a “magia do dia”. Estando nublado ou não. Se o cara sair na luz solar, já era pra ele, não importa qual personagem seja.

Meyer: TODOS seus vampiros saem no sol e ficam estranhamente brilhantes como se estivessem envoltos em uma camada de purpurina (?).


Voar:

Stoker: Drácula não voa, ele se locomove através de outra forma física: a névoa.

Rice: Voam e levitam.

Debbio: Nem fu#*@do!

Dooll: Não. O máximo que fazem é se deslocar tão rapidamente que ele consegue desenvolver força o suficiente para sair do chão. É o mesmo fenômeno físico que ocorre com um carro que corre muito.

Meyer: Pelo que eu entendi, Meyer usa da mesma questão física que eu. Eles não voam, apenas se deslocam muito rápido.


Sangue:

Stoker: Para Drácula, o sangue é conseqüência de sua punição. Ele precisa do sangue não para viver, mas sim como uma espécie de “combustível”.

Rice: Lestat não precisa, mas o resto dos vampiros sim. Por que? Simples, ele bebeu sangue do JC! Um vampiro pode até se alimentar de sangue de animal por um tempo, mas ele precisa do sangue de humanos para poder viver também.

Debbio: Sim, precisam excessivamente. E sempre humano!

Dooll: Precisam também. Podem viver com o sangue de animais, mas por um curto período. Assim como no universo de Rice, o sangue humano é insubstituível.

Meyer: Uma dieta de animais pro resto da vida é suficiente para sua sobrevivência eterna!


Outros alimentos:

Stoker: Ele nem cogita essa possibilidade!

Ricce: Os alimentos que não sejam sangue são automaticamente expelidos do organismo praticamente no mesmo momento que são digeridos. Além de serem intragáveis.

Debbio: Ele pode até se alimentar, mas em questão de poucos minutos ele vomitará tudo.

Dooll: Segue a mesma linha de Debbio.

Meyer: Pelo que eu entendi sim, mas também não podem abusarem.


Meio Social:

Stoker: Ele tá pouco se lixando para isso! Drácula é Drácula e ponto!

Ricce: Os vampiros de Anne Rice brincam com os humanos, mas não tem a mínima intensão de se passarem por bons para a sociedade.

Debbio: Eles manipulam a sociedade!

Dooll: Eles também estão pouco se lixando para isso! Não há tempo para essas formalidades.

Meyer: Eles precisam se entrosarem a sociedade para poderem levarem uma vida normal [/EMO]!


Problemas com outras linhagens de aberrações (lobisomens, demônios, magos...)

Stoker: Drácula é tão fodão que ele controla os animais e pode assumir outras formas, como lupina e morcegal.

Ricce: Eles se dão muito bem com bruxas, mas isso é tudo que existe além de vampiros em seu universo literário.

Debbio: Rincha mortal!

Dooll: Cada espécie segue seu curso tentando não interferir na outra.

Meyer: Tiveram um acordo no passado e tal, mas existe uma disputinha aí.


Amores e paixões:

Stoker: Seu amor que o levou ao fracasso. Drácula só é Drácula por que despertou a ira de Deus quando Ele “tirou” a vida de sua amada.

Ricce: Os vampiros de Anne Rice não se apegam a sexualidade. Eles se apaixonam pela companhia alheia, seja ela masculina ou feminina. Quando eles resolvem manter relações sexuais, eles também não fazem distinção de sexo. Ou seja: é tudo bi!

Debbio: A ilusão do amor morre com o nascimento do vampiro, logo ele não se atém a isso.

Dooll: É quase o mesmo caso da Rice, porém os vampiros de meu universo não têm aptidão sexual nenhuma. É tudo impotente!

Meyer: Amam platonicamente e fazem um monte de cagadas por esse amores. Parecem um bando de adolescentes!


Perpetuação de espécie:

Stoker: Basta beber o sangue.

Ricce: Entregando o “dom das trevas”.

Debbio: Algumas raças pelo “abraço”, outras por rituais.

Dooll: Pelo abraço, porém só ocorre se Deus permitir. Do contrário o humano morre no processo.

Meyer: Abraço também, mas pode ser por gravidez (sim, eles têm espermatozóides vivos)!


Em um consenso geral, Meyer deturpa o mito vampiro, na verdade ele criou seu próprio vampiro. Aquele que um dia foi terror para alguns, vilões para outros, no universo Twilight é algo tão desejado quanto uma vaga no BBB. O que “ofende” nós, os outros escritores é o fato de que TODOS nós tentamos manter uma linha tênue e respeitar a principio do mito, como uma espécie de regrinhas básicas, mas Meyer... infelizmente não o fez.

***

Mito vampiro: O mito surgiu na Grécia antiga. Os pais contavam histórias desse tipo para manter seus filhos longe de aventuras e explorações em cavernas e outros lugares perigosos. Eles contavam a história de Lamia (ou Lâmia), a rainha que foi condenada por ser amante de Zeus a viver nas sombras se alimentando de sangue humano. Ela tem o corpo de uma serpente da cintura para baixo.

Abraço: Transfusão de sangue.

Dom das Trevas: Transfusão de sangue.

sexta-feira, 2 de abril de 2010

Anjos, demônios, possessões e apocalipse - As novas vertentes do catolicismo

No dia 25 de março de 2010, eu entrevistei o padre Sebastião Benito Quaglio, pároco da Igreja Santíssima Virgem, em São Bernardo do Campo (OFM – Ordem dos Franciscanos Menores). Ele me mostrou que vários conceitos que temos sobre a igreja católica são distorcidos. Mas o que mais me impressionou, foi que ele afirma que a bíblia é recheada de suposições e incertezas. Confiram a entrevista abaixo.

Dooll: No ponto de vista do catolicismo, o que ou quem é Deus?

Pe. Sebastião: Não sei. Deus é algo ou alguém, cuja essência, substância ou o quer lá o que seja, é incognoscível. Sempre me apoiei na Teologia Apofática(1), me cheira melhor, ou seja, define-se o que Deus não é. Não ha juízos “achismos” e assim por diante.


Dooll: O que são demônios? De onde vêem esses seres? Foram criados por alguém?

Pe. Sebastião: Hoje caro, homens minimamente racionais não mais pronunciam tal termo (risos). isso e coisa da época medieval. Problemática de Tomas de Aquino(2).


Dooll: Então não existem demônios?

Pe. Sebastião: Nem Deus sabemos se existe! Calcule a afirmação com relação aos demônios.


Dooll: Em especifico, como o catolicismo vê a criação de várias religiões dia após outro?

Pe. Sebastião: Veja caro, em relação às outras religiões - leia-se aqui hinduísmo, budismo, judaísmo, zoroastrismo, etc. –, o catolicismo também é uma "invenção". Hoje, fala-se em Paradigma Teocêntrico(3), não mais em Cristocêntrico(4), ou seja, segundo a perspectiva da teologia das religiões, todas as manifestações reúnem condições para que seus respectivos adeptos encontrem Deus. Obviamente, a tradição vaticana não "aprova" essa idéia... nem pode (risos)!


Dooll: No espiritismo existe um termo para alguns espíritos obcessores que são chamados de almas vampiricas. No catolicismo existe algo que retrata o mito vampiresco?

Pe. Sebastião: Mito vampiresco? Na visão de alguns católicos poderia ser o Nietzsche5 talvez, ou Schopenhauer,5 ou quem sabe o velho Marx(5)! Em verdade eu nunca ouvi falar disso!


Dooll: Deus sendo o criador do amor, como o catolicismo deve deixar implícito de modo não cruel, o castigo divino do juízo final?

Pe. Sebastião: Deus não é o "criador" do amor, Ele é o próprio. Ha um problema teológico na tua afirmação. Enfim, tomando essa proposição por principio, é levando em conta a condenação do "Juízo Final". Alguns argumentariam que, tendo sacrificado seu filho em virtude da redenção do gênero humano, a condenação seria uma "opção" do sujeito em questão, algo relacionado com a boa ou a má utilização de seu livre arbítrio. O catolicismo sempre deixa implícito que o juízo acontecerá então... Não só o catolicismo, mas as vertentes cristas de cunho protestante também. Segundo Agostinho, por exemplo, o mal não existe em si, e apenas a "ausência" do bem, assim, quem esta em "erro" está distante da face de Deus, por sua conta e risco (risos)!


Dooll: Deus permanece biologicamente inexplicável. O catolicismo acredita que um dia será?

Pe. Sebastião: Só se a ciência assim o fizer e, as únicas esferas de conhecimento que reúne condições para tal são a teologia e/ou a filosofia. Mas elas permanecem no âmbito das especulações. Ademais, segundo Kant, Deus não e passível de demonstração positiva. Pela razão pura, é impossível "provarmos" Deus. Deus é artigo de fé, apenas isso.


Dooll: Como o catolicismo explica os efeitos paranormais e mediúnicos?

Pe. Sebastião: Não os conheço. Nunca presenciei algo semelhante. Nesse caso, seria mais interessante perguntares a um espírita, o tradicionalismo católico os interpretara como uma espécie de manifestação demoníaca, mas como vimos, esse assunto foi encerrado na era medieval, ou seja, fica elas por elas (risos)!


Dooll: Todos estão sujeitos a possessão. Como o catolicismo explica o porquê ocorre somente em alguns casos específicos?

Pe. Sebastião: Os demonologistas de plantão, dês das décadas de 70 e 80 não mais trabalham com exorcismos. A questão acerca do demônio, sempre foi evitada dentro da igreja


Dooll: Sério? Não imaginava isso!

Pe. Sebastião: São coisas totalmente ultrapassadas. A teologia superou a esfera dos mitos ha 500 anos, ontologicamente(6) falando. É outro ponto que a igreja não mais discute.


Dooll: O anticristo já está entre nós?

Pe. Sebastião: A meu ver sim, na forma do neoliberalismo.


Dooll: Anjos: eles existem?

Pe. Sebastião: Segundo a perspectiva bíblica sim. Ate mesmo por que se não existissem, o que seria da Gehenna(7)?


Dooll: Segundo a bíblia, o apocalipse retrata as sete igrejas que reapareceram em locais distintos, porém todos estão no oriente. Tomando em base que as forças maiores que prejudicam a humanidade e o planeta não estão do lado do oriente, isso ainda é pregado a risca, ou hoje é visto como algo simbólico?

Pe. Sebastião: Temos dois pontos nessa questão hoje, quem prejudica a existência da humanidade e ela própria. Temos "focos" perigosos brotando de ambos os hemisférios, seja aqui, nos EUA, no oriente, na China, na Coréia do Norte, o Irã, e assim sucessivamente. Todos em potencial, evidentemente. Mas tentando responder a questão, o livro do apocalipse, pelo fato de ser recheado de símbolos, é visto atualmente sob a luz de forte hermenêutica(8), isto é, é preciso muito cuidado para interpretá-lo. Segui-lo ao pé da letra significaria o maior dos erros. Alias, a bíblia como um todo. Então, pode-se afirmar que as sete igrejas (o numero sete esta ligado a perfeição nessa perspectiva) é algo simbólico, tal como o número 666. Como decifrá-lo? Uns dizem ser uma instituição, outros uma pessoa física. São somente suposições, nada mais.



***

(1) Teologia Apofática: aquela que explica Deus negando. Ex.: Deus não é humano, Deus não é limitado etc.

(2) Problemática de Tomas de Aquino: conflito entre a fé e a razão.

(3) teocentrico: que provém do teocentrismo. Deus como o centro das coisas.

(4) Cristocêntrico: é a continuação do Ministério do Senhor Jesus Cristo,

(5) Nietzsche, Schopenhauer e Marx: folósofos alemães.

(6) Ontologicamente: trata do ser enquanto ser, isto é, do ser concebido como tendo uma natureza comum que é inerente a todos e a cada um dos seres.

(7) Gehenna: forma que Jesus trata por diversas vezes na bíblia o apocalipse.

(8) Hermenêutica: é um ramo da filosofia que se debate com a compreensão humana e a interpretação de textos escritos.

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Tabelinha da verdade

Me pergunto: por que raios a igreja católica não foi banida da Terra assim como o nazismo se ela prejudicou muito mais?

Cachecól do Papa Bento XVI


Eu estava dando uma futricada no Google Imagens e olha com o que me deparo: o Papa Bento XVMIIIXIX usando um cachecól meio... obscuro; malévolo. É impressionante como existem pessoas que chama esse homem de bondoso. Alguém que matou muitos em uma guerra jamais deveria ser permitido tamanho cargo, mesmo que na igreja católica.

Capa de CDs - Padres Cantores

Dá só uma olhada nas capas dos CDs dos caras!







Parede de mármore


Esta é uma imagem que eu extraí de uma das paredes de mármore do 10º do Banco Safra, situado na Avenida Paulista. O pessoal do banco não tem nada a ver com maçonaria. Eles são na verdade judeus. Confesso que o prédio é bastante assustador em alguns pontos. Todos os andares têm uma obra de arte feita de metal e existe algumas portas que são trancadas a cadeado onde ninguém sabe o que há ali. Todas as paredes dos andares são revestidas de mármore, assim como o chão. O que será que está escondido no prédio da matriz do Safra?