Devido a uma gama imensa de protestos contra minha repugnância a Crepúsculo & CIA, criei uma lista comparativa do mito vampiro de cinco escritores: Bram Stoker, Anne Rice, Marcelo Del Debbio, Dooll Silverd e claro, Stephenie Meyer.
Sol:
Stoker: Criador do personagem Drácula, Stoker deixa claro que o que transformou o Conde Vlad Tepes em vampiro, foi nada mais nada menos do que a ira de Deus. Ele não sofreu nenhum processo de “abraço”, muito menos recebeu o “dom das trevas” de ninguém. Sendo assim, ele não pertence a nenhum clã vampirico. Drácula saía no sol. Esse personagem, por sua história, tem alguns privilégios, mas também sofre de diversas outras fraquezas a mais.
Rice: Mãe das Crônicas Vampirescas, Anne permitiu o mesmo para seu personagem principal. Lestat esteve com Mennoch (ou demônio, capeta, satanás para alguns), bebeu o sangue de JC (Jesus Cristo), e da Rainha dos Condenados: Akasha. Ele pode sair ao sol também, porém apenas ele. Outros vampiros que foram expostos ao sol morreram (definitivamente!), como Claudia, Madeleine, Armand (spoiler!) e até mesmo o próprio Louis quase partiu dessa pra pior também.
Debbio: Este jovem escritor criou um universo vampirico respeitando o mito acima de tudo. Seus vampiros NÃO saem ao sol. Do contrário: PUF!
Dooll: Esse sou eu! Não vou falar de mim, hehehe! No meu universo, o que mata o vampiro nem é o sol, mas sim a “magia do dia”. Estando nublado ou não. Se o cara sair na luz solar, já era pra ele, não importa qual personagem seja.
Meyer: TODOS seus vampiros saem no sol e ficam estranhamente brilhantes como se estivessem envoltos em uma camada de purpurina (?).
Voar:
Stoker: Drácula não voa, ele se locomove através de outra forma física: a névoa.
Rice: Voam e levitam.
Debbio: Nem fu#*@do!
Dooll: Não. O máximo que fazem é se deslocar tão rapidamente que ele consegue desenvolver força o suficiente para sair do chão. É o mesmo fenômeno físico que ocorre com um carro que corre muito.
Meyer: Pelo que eu entendi, Meyer usa da mesma questão física que eu. Eles não voam, apenas se deslocam muito rápido.
Sangue:
Stoker: Para Drácula, o sangue é conseqüência de sua punição. Ele precisa do sangue não para viver, mas sim como uma espécie de “combustível”.
Rice: Lestat não precisa, mas o resto dos vampiros sim. Por que? Simples, ele bebeu sangue do JC! Um vampiro pode até se alimentar de sangue de animal por um tempo, mas ele precisa do sangue de humanos para poder viver também.
Debbio: Sim, precisam excessivamente. E sempre humano!
Dooll: Precisam também. Podem viver com o sangue de animais, mas por um curto período. Assim como no universo de Rice, o sangue humano é insubstituível.
Meyer: Uma dieta de animais pro resto da vida é suficiente para sua sobrevivência eterna!
Outros alimentos:
Stoker: Ele nem cogita essa possibilidade!
Ricce: Os alimentos que não sejam sangue são automaticamente expelidos do organismo praticamente no mesmo momento que são digeridos. Além de serem intragáveis.
Debbio: Ele pode até se alimentar, mas em questão de poucos minutos ele vomitará tudo.
Dooll: Segue a mesma linha de Debbio.
Meyer: Pelo que eu entendi sim, mas também não podem abusarem.
Meio Social:
Stoker: Ele tá pouco se lixando para isso! Drácula é Drácula e ponto!
Ricce: Os vampiros de Anne Rice brincam com os humanos, mas não tem a mínima intensão de se passarem por bons para a sociedade.
Debbio: Eles manipulam a sociedade!
Dooll: Eles também estão pouco se lixando para isso! Não há tempo para essas formalidades.
Meyer: Eles precisam se entrosarem a sociedade para poderem levarem uma vida normal [/EMO]!
Problemas com outras linhagens de aberrações (lobisomens, demônios, magos...)
Stoker: Drácula é tão fodão que ele controla os animais e pode assumir outras formas, como lupina e morcegal.
Ricce: Eles se dão muito bem com bruxas, mas isso é tudo que existe além de vampiros em seu universo literário.
Debbio: Rincha mortal!
Dooll: Cada espécie segue seu curso tentando não interferir na outra.
Meyer: Tiveram um acordo no passado e tal, mas existe uma disputinha aí.
Amores e paixões:
Stoker: Seu amor que o levou ao fracasso. Drácula só é Drácula por que despertou a ira de Deus quando Ele “tirou” a vida de sua amada.
Ricce: Os vampiros de Anne Rice não se apegam a sexualidade. Eles se apaixonam pela companhia alheia, seja ela masculina ou feminina. Quando eles resolvem manter relações sexuais, eles também não fazem distinção de sexo. Ou seja: é tudo bi!
Debbio: A ilusão do amor morre com o nascimento do vampiro, logo ele não se atém a isso.
Dooll: É quase o mesmo caso da Rice, porém os vampiros de meu universo não têm aptidão sexual nenhuma. É tudo impotente!
Meyer: Amam platonicamente e fazem um monte de cagadas por esse amores. Parecem um bando de adolescentes!
Perpetuação de espécie:
Stoker: Basta beber o sangue.
Ricce: Entregando o “dom das trevas”.
Debbio: Algumas raças pelo “abraço”, outras por rituais.
Dooll: Pelo abraço, porém só ocorre se Deus permitir. Do contrário o humano morre no processo.
Meyer: Abraço também, mas pode ser por gravidez (sim, eles têm espermatozóides vivos)!
Em um consenso geral, Meyer deturpa o mito vampiro, na verdade ele criou seu próprio vampiro. Aquele que um dia foi terror para alguns, vilões para outros, no universo Twilight é algo tão desejado quanto uma vaga no BBB. O que “ofende” nós, os outros escritores é o fato de que TODOS nós tentamos manter uma linha tênue e respeitar a principio do mito, como uma espécie de regrinhas básicas, mas Meyer... infelizmente não o fez.
Mito vampiro: O mito surgiu na Grécia antiga. Os pais contavam histórias desse tipo para manter seus filhos longe de aventuras e explorações em cavernas e outros lugares perigosos. Eles contavam a história de Lamia (ou Lâmia), a rainha que foi condenada por ser amante de Zeus a viver nas sombras se alimentando de sangue humano. Ela tem o corpo de uma serpente da cintura para baixo.
Abraço: Transfusão de sangue.
Dom das Trevas: Transfusão de sangue.